A equipa de investigação liderada pelo Prof. Xu Renhe da Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Macau (UM) conquistou um avanço na investigação de células estaminais, e descobriu que as células estromais mesenquimais (MSCs) derivadas de células estaminais embrionárias humanas (hESCs) através da fase de trofoblasto têm efeitos terapêuticos significativo, e estas células têm potencial de ser utilizadas como um novo biomaterial em cirurgia plástica através de promoção do enxerto de gordura. O resultado de estudo relacionado já foi publicada na revista de renome internacional Biomaterials.
O enxerto autólogo de gordura tem sido amplamente utilizado em cirurgia plástica, tais como restauração de partes faciais e corporais após a cirurgia oncológica, tratamento de cicatrizes e rugas, e reconstrução mamária, etc. Contudo, a taxa de sobrevivência do enxerto varia dramaticamente entre 25% e 90% porque o tecido adiposo se torna necróticos e fibróticos devido à falta de fornecimento de sangue. Sabe-se que as MSCs derivadas de hESCs são isoladas de tecidos somáticos como gordura, medula óssea e cordão umbilical, que podem aumentar a sobrevivência da gordura enxertada através de promover a regeneração e melhoramento do fornecimento de sangue. No entanto, as MSCs derivadas de tecidos somáticos dependem de dádivas e o processo contém o risco de transmissão de potenciais agentes patogénicos ou células geneticamente mutantes. Embora o isolamento das MSCs autólogas esteja livre deste problema, existe apenas um número limitado de MSCs autólogas disponíveis. Em contraste, as hESCs são uma fonte ilimitada com qualidade e função estáveis, e as MSCs derivados das hESCs podem ser um melhor substituto para as MSCs somáticos.
A equipa do Prof. Xu demonstrou através de vários modelos de doenças animais que as MSCs derivados de hESC através da fase de trofoblasto (T-MSC) têm efeitos terapêuticos significativos em ratos e/ou macacos com esclerose múltipla, enterite, e artrite, também promovem a cicatrização de feridas tanto em ratos do tipo selvagem como diabéticos. As T-MSCs já foram patenteadas tanto nos Estados Unidos como na China, e já foram concluídos estudos pré-clínicos sobre a sua farmacodinâmica e biosegurança em animais. No ano passado, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou as T-MSCs como um novo medicamento de investigação (IND) para ensaios clínicos de esclerose múltipla.

As MSCs aumentam a taxa de sobrevivência de gordura enxertada

As MSCs têm potencial de ser utilizadas como um novo biomaterial em cirurgia plástica através de promoção do enxerto de gordura
Neste estudo, a equipa do Prof. Xu descobriu que as T-MSCs podem aumentar a sobrevivência dos enxertos de gordura e mantêm o peso dos enxertos, não sendo nada piores em comparação com a fracção vascular do estroma (FVS) ou MSCs derivadas de tecidos somáticos. A equipa descobriu também que as T-MSCs ajudam a colar os tecidos adiposos dissociados para formar um enxerto capsulado no prazo de 24 horas após o transplante e promovem a reconstituição funcional dos enxertos através de formação de novos vasos sanguíneos e regeneração de adipócitos. O Prof. Xu já solicitou patente nos EUA e na China sobre esta nova utilização das T-MSCs.
O Prof. Xu é o autor correspondente do artigo intitulado “As células estaminais mesenquimais derivadas das células estaminais embrionárias humanas melhoram o enxerto de gordura através de promover a agregação de gordura, secretar factores CCL2 e mobilizar macrófagos” que foi concluído em conjunto com os seus alunos de doutoramento Roma Borkar e Zheng Dejin, a estudante de pós-doutoramento Wang Xiaoyan e a assistente de investigação Li Enqin. Miao Zhengqiang, estudante do professor associado da Faculdade de Ciências da Saúde da UM Chris Wong, forneceu apoio em análise bioinformática deste estudo. Este projecto foi subsidiado pelo Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia da RAEM (Processo n.º 095/2017/A1 e 0112/2018/A3), pela Universidade de Macau (Processo n.º MYRG-2016-00070-FHS, MYRG-2017-00124-FHS e CPG-2021-00031-FHS), e pelo Programa de Co-financiamento FDCT-NSFC (Processo n.º 0008/2019/AFJ).
Reproduzido da Universidade de Macau: https://www.um.edu.mo/zh-hant/news-and-press-releases/presss-release/detail/51842